As maiores pandemias da História

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O mundo já passou por algumas pandemias, que causaram grandes estragos muitas mortes, semelhante ao que vem acontecendo atualmente com o Covid19.

As maiores pandemias registradas na história, além desta de coronavirus, foram a de peste bubônica, gripe espanhola, varíola, cólera, gripe suína (H1N1) e HIV AIDS.

A peste, doença transmitida pela picada de pulgas de ratos, é causada pela bactéria Yersinia pestis e pode causar grandes surtos em locais com más condições de habitação e de higiene. Seus sintomas incluem inchaço dos gânglios linfáticos na virilha, na axila ou no pescoço. Outros sintomas são febre, calafrios, dor de cabeça, fadiga e dores musculares, caracterizando a peste bubônica. Uma forma especialmente grave e de grande importância epidemiológica é a forma pulmonar da doença, altamente contagiosa por via respiratória. A doença é considerada, historicamente, a causadora da Peste Negra, que assolou a Europa no século 14, matando entre 75 e 200 milhões pessoas na antiga Eurásia. No total, a praga pode ter reduzido a população mundial de 450 milhões de pessoas para 350 milhões.

Outro virus respiratório que já causou duas grandes pandemias é o Influenza, responsável pela gripe Espanhola, cujo ápice ocorreu em 1918, e pela gripe suína, ocorrida em 2010.

Acredita-se que entre 40 e 50 milhões de pessoas tenham morrido na pandemia de gripe espanhola de 1918, causada por um vírus influenza H1N1. Mais de um quarto da população mundial na época foi infectada e até o então presidente do Brasil, Rodrigues Alves, morreu da doença, em 1919. O vírus veio da Europa, a bordo do navio Demerara. O transatlântico desembarcou passageiros infectados no Recife, em Salvador e no Rio de Janeiro. Na época, não existia a vacina que hoje controla a doença com muita eficiência.

A gripe suína, causada pelo mesmo sorotipo H1N1 do influenza A, foi a primeira  pandemia do século 21. O vírus surgido em porcos no México, em 2009, se espalhou rapidamente pelo mundo, matando 16 mil pessoas. No Brasil, o primeiro caso foi confirmado em maio daquele ano e, no fim de junho, 627 pessoas estavam infectadas no país, de acordo com o Ministério da Saúde.

A varíola, doença viral caracterizada por febre alta e vesículas na pele, atormentou a humanidade por mais de 3 mil anos. O faraó egípcio Ramsés II, a rainha Maria II da Inglaterra e o rei Luís XV da França tiveram a temida “bixiga louca”. O vírus Orthopoxvírus variolae era transmitido de pessoa para pessoa, por meio das vias respiratórias. Os sintomas eram febre, seguida de erupções na garganta, na boca e no rosto. Felizmente, a varíola foi erradicada do planeta em 1980, após campanha de vacinação em massa, sendo a primeira doença erradicada do mundo por este meio.

Já o cólera, doença bacteriana causada pelo Vibrio cholerae, é caracterizada por diarréia aquosa profusa aguda. Ainda existe em algumas partes do mundo, especialmente na África e no Oriente Médio, e causa surtos e epidemias ao redor do mundo, Aqui no Brasil, a última epidemia ocorreu no início dos anos 1990, entrando no país pela calha do rio Amazonas e depois se disseminando por quase todo o país.

A primeira pandemia registrada foi em 1817, e ainda persistem focos da doença pelo mundo.

Outra pandemia que ainda causa muitas mortes pelo mundo é a de HIV AIDS. Causada pelo HIV, retrovirus de transmissão sexual e parenteral; hoje bem controlada por medicamentos, já causou milhares de mortes. Em alguns países da África, como Serra Leoa, diminuiu a expectativa de vida da população para menos de 50 anos.

Esta doença caracteriza-se por uma imunodepressão celular profunda, associada a um estado inflamatório que causa aterosclerose precoce e severa, levando a adoecimentos e mortes de causa cardiovascular, além das mortes por infecções oportunistas, sendo a mais frequente delas a tuberculose.

Hoje a expectativa de vida de um portador do HIV em uso de medicação de forma correta é igual a de qualquer pessoa, mas ainda não há cura para esta doença.

 

Descoberto anticorpo humano que revela vulnerabilidade do Influenza virus

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Pesquisadores do NIAID (National Institute of Alergy and Infectious Diseases – USA) descobriram um anticorpo humano que é capaz de agir sobre uma área protegida da hemaglutinina do Influenza, proteína que permite a adesão do Influenza aos receptores celulares do hospedeiro.

Este anticorpo, FluA-20, é capaz de clivar uma área da hemaglutinina que se modifica muito pouco entre os vários sorotipos do virus.

Esta descoberta pode levar ao desenvolvimento de uma vacina que confira imunidade permanente contra a maioria dos sorotipos de Influenza, e também de medicamentos que atuem com maior eficácia e segurança.

Fonte: NIAID