Novo triste recorde: 700.000 mortes por covid19

Esta semana houve mais uma triste marca brasileira na pandemia de covid19: alcançamos a marca nada invejável de 700.000 mortos no país.

Estamos entrando no quarto ano da pandemia, com alguns avanços importantes. Hoje já sabemos tratar os pacientes com muito mais eficiência, pois conhecemos melhor os mecanismos do virus e os seus efeitos no organismo. Já conseguimos identificar os pacientes com maior risco de forma grave e já temos drogas antivirais que auxilia bastante, como a associação nirmatrelvir + ritonavir e o molnupiravir.

As medidas não farmacológicas, que foram o uso de máscaras, a higiene das mãos e o distanciamento social, foram importantíssimas no início da pandemia, quando ainda não sabíamos lidar adequadamente com a doença e não tínhamos medicamentos específicos nem vacinas para o controle desta doença.

Em tempo recorde na história da medicina, conseguiu-se desenvolver vacinas eficazes, que reduziram drasticamente o número de óbitos, sequelas e casos graves, e que nos permitiu voltar aos poucos à normalidade.

A doença também mudou nesse período. O vírus primitivo era muito mais inflamatório e acometia com muita intensidade o aparelho respiratório. Várias mutações depois, temos um vírus muito mais transmissível, mas menos agressivo, mas que ainda causa mortes em indivíduos muito idosos (com mais de 80 anos), imunodeprimidos e imunossuprimidos e, tristemente, indivíduos não vacinados.

A OMS ainda não decretou o fim da pandemia, pois ainda temos muitos países que não conseguiram controle adequado por várias razões; a principal: falta de acesso às vacinas.

A vacinação provou, mais uma vez, que é a arma mais eficiente e a única que consegue controlar surtos e epidemias, e até pandemias de vírus respiratórios.

Até a próxima!

Vacinas anti covid evitaram 20 milhões de mortes

As vacinas são ferramentas extremamente eficientes para evitar sequelas e mortes por várias doenças graves, que já causaram muito sofrimento e dor à humanidade.

As vacinas representam a maneira mais segura para as pessoas ficarem imunes contra algumas doenças, sem correr o risco de morrer ou de ficar com sequelas graves pelo adoecimento.

Há vários exemplos de doenças graves que foram erradicadas, como a varíola, e outras tantas que foram controladas, como o tétano, difteria, sarampo, coqueluche, rubéola, meningite meningocócica etc

Entretanto, no mundo todo, o movimento anti vacina tem feito um estrago sem precedentes. Há poucos anos, uma criança italiana ficou com sequelas permanentes por causa de tétano acidental, porque seus pais se recusaram a vaciná-la.

Mais recentemente, houve o relato de dois casos de difteria na Austrália, pelo mesmo motivo.

Estamos vendo o mesmo se repetir em relação às vacinas contra covid.

O Brasil, que tradicionalmente alcançava marcas invejáveis de cobertura vacinal, que tem no Programa Nacional de Vacinação (PNI) um exemplo de eficiência para o mundo, não tem conseguido avançar mais que 80% de cobertura vacinal contra covid, o que tem contribuído para a manutenção dos casos entre nós e, mais do que isso, um aumento recente de casos, com consequentes internações e mortes. O país já tem quase 700.000 mortos pela covid. Alagoas, um estado pequeno, atingiu esta semana a triste marca de 7.000 mortos pela doença.

Uma publicação recente no Lancet mostrou que as vacinas contra covid evitaram quase 20 milhões de mortes em todo o mundo.

Você pode ler o artigo completo aqui

Quem está na linha de frente do combate da covid nota claramente a mudança de comportamento da doença após a vacinação. Em 2020, os hospitais estavam cheios de pessoas com formas graves e muitas mortes, inclusive de causa cardiovascular, entre pessoas jovens, inclusive. Todos nós perdemos parentes, amigos e conhecidos para esta doença devastadora.

Após o início da vacinação, o número de casos graves e mortes despencou de forma gritante. Entretanto, ainda há muitas pessoas, inclusive colegas médicos que, mal informados, não querem enxergar o óbvio e continuam recusando a vacina para si e para seus pacientes.

As vacinas são a melhor e mais segura forma de evitar formas graves e óbitos por várias doenças graves, potencialmente fatais.

A decisão de se vacinar não é individual, é coletiva: quando alguém deixa de se vacinar, está colocando a própria vida em risco e também a vida dos seus contactantes, inclusive seus parentes mais próximos, colegas de trabalho, vizinhos etc.

Vacine-se, proteja-se. Ajude a controlar a pandemia.

As festas de fim de ano na pandemia: a conta chegou

A conta chegou: exatamente 14 dias após as festas de fim de ano, os casos de Covid explodem pelo Brasil afora.

Só nesta semana, o país bateu duas vezes o recorde da média móvel de casos — indicador que acompanha a variação do número de casos da doença através da média dos últimos 7 dias.

Na terça-feira (12), amédia móvel ultrapassou pela primeira vez a faixa dos 54 mil casos diários. Já nesta quinta (14), a média móvel de casos de Covid-19 bateu um novo recorde, chegando a 56 milnovas infecções em média por dia.

Em óbitos, a média móvel é de 1.000 mortes diárias, uma variação de 14% na comparação com as últimas 2 semanas.

A taxa de transmissão, que mede a velocidade com que a doença se espalha, subiu para 1,21, informou o levantamento do Imperial College de Londres, divulgado na terça-feira (12). Isso significa que cada 100 pessoas contaminadas pela Covid-19 no país podem transmitir a doença para outras 121.

No levantamento anterior, de 5 de janeiro, o índice estava em 1,04. Em novembro, a taxa de transmissão chegou a 1,30, a maior desde o fim de maio.

Nos estados e, principalmente, nas capitais, a situação é caótica.

Oito das 27 unidades da federação têm mais de 80% das UTIs (Unidade de Terapia Intensiva) ocupadas. Todas as regiões brasileiras possuem ao menos um estado em situação crítica de vagas.

São Paulo registrou um aumento de 19% nas internações nas últimas duas semanas. Por conta disso, decidiu antecipar em 21 dias a reclassificação das regiões e deverá endurecer as regras da quarentena em algumas delas.

Na cidade do Rio de Janeiro, a ocupação de UTIs públicas tem variado em torno de 90% nos últimos dias. Em Belo Horizonte, com as taxas de ocupação da UTI oscilando em torno de 85%, o prefeito Alexandre Kalil (PSD) decretou novamente fechamento do comércio, sob fortes protestos.

A região Sul do país também possui dois estados com altas taxas de ocupação de UTIs para Covid-19: Paraná, com 81%, e Santa Catarina, com 80%.

Contudo, é o Norte do país que tem a pior situação: Amazonas tem 93% das UTIs ocupadas, Rondônia, 85%, e o Amapá, 81%.

O Brasil presenciou nesta quinta (15) o “cenário de terror” em Manaus.

Com o sistema de saúde em colapso, dezenas de pacientes morreram asfixiados por desabastecimento de oxigênio, enquanto profissionais de saúde esgotados realizavam à exaustão as manobras de ventilação usando as próprias mãos.

Vacina anti Covid19: luz no fim do túnel?

LONDRES – O infectologista americano Anthony Fauci, diretor do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas dos Estados Unidos (Niaid), afirmou neste domingo, 25, que será possível descobrir a eficácia e a segurança de uma vacina contra covid-19, de forma clara, até o início de dezembro. Uma vacinação ampla, porém, só deve ocorrer em meados de 2021.

“Saberemos se uma vacina é segura e eficaz entre o fim de novembro e o início de dezembro”, disse Fauci à BBC. “Quando se fala em vacinar uma parte substancial da população, para que se possa ter um impacto significativo na dinâmica da epidemia, é muito provável que não aconteça até o segundo ou terceiro trimestre do ano (de 2021)”. Fauci é especialista da Casa Branca durante a pandemia e uma das maiores referências dos EUA no assunto.

Na última sexta-feira, 23, a AstraZeneca e a Johnson & Johnson anunciaram a retomada dos testes de suas vacinas, nos Estados Unidos — ambas já na última fase. Elas haviam interrompido as testagens por doenças graves detectadas em alguns voluntários, mas não houve indícios de relação com os imunizantes.

A pausa nos testes da AstraZeneca durou seis semanas. A Johnson & Johnson, por sua vez, precisou interromper o processo por 11 dias. Ambas as empresas estão usando um adenovírus, que normalmente causa resfriados inofensivos e é construído de modo a conduzir um gene do coronavírus para dentro de células humanas. A Moderna e a Pfizer também possuem vacinas no estágio final de ensaios clínicos nos EUA.

Na contramão do Covid19

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Nem só de notícias ruins vive a pandemia de Covid19.

Na China, um homem de 86 anos, na cidade de Jianghan, portador de 13 doenças crônicas, recuperou-se completamente da infecção pelo Covid19, contrariando todas as expectativas.

Ele deu entrada com quadro de tosse seca e febre de 38,8°C. Além do Coronavirus, o paciente é portador de angina instável, cardiomegalia, insuficiência cardíaca, infarto lacunar, aterosclerose, hipertensão arterial, miocardiopatia hipertensiva, calcificação da válvula aórtica, diabetes mellitus II, hipoproteinemia, doença renal crônica e pancreatite.

Durante a evolução da doença, apresentou pneumonia, com lesões em padrão de vidro fosco. Necessitou ser alimentado por sonda durante alguns dias, apresentou sangramento digestivo por úlcera gástrica.

Durante o internamento, recebeu imunoglobulina hiperimune e antivirais, não especificados no relato do caso.

Hoje encontra-se recuperado da infecção.

 

As maiores pandemias da História

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O mundo já passou por algumas pandemias, que causaram grandes estragos muitas mortes, semelhante ao que vem acontecendo atualmente com o Covid19.

As maiores pandemias registradas na história, além desta de coronavirus, foram a de peste bubônica, gripe espanhola, varíola, cólera, gripe suína (H1N1) e HIV AIDS.

A peste, doença transmitida pela picada de pulgas de ratos, é causada pela bactéria Yersinia pestis e pode causar grandes surtos em locais com más condições de habitação e de higiene. Seus sintomas incluem inchaço dos gânglios linfáticos na virilha, na axila ou no pescoço. Outros sintomas são febre, calafrios, dor de cabeça, fadiga e dores musculares, caracterizando a peste bubônica. Uma forma especialmente grave e de grande importância epidemiológica é a forma pulmonar da doença, altamente contagiosa por via respiratória. A doença é considerada, historicamente, a causadora da Peste Negra, que assolou a Europa no século 14, matando entre 75 e 200 milhões pessoas na antiga Eurásia. No total, a praga pode ter reduzido a população mundial de 450 milhões de pessoas para 350 milhões.

Outro virus respiratório que já causou duas grandes pandemias é o Influenza, responsável pela gripe Espanhola, cujo ápice ocorreu em 1918, e pela gripe suína, ocorrida em 2010.

Acredita-se que entre 40 e 50 milhões de pessoas tenham morrido na pandemia de gripe espanhola de 1918, causada por um vírus influenza H1N1. Mais de um quarto da população mundial na época foi infectada e até o então presidente do Brasil, Rodrigues Alves, morreu da doença, em 1919. O vírus veio da Europa, a bordo do navio Demerara. O transatlântico desembarcou passageiros infectados no Recife, em Salvador e no Rio de Janeiro. Na época, não existia a vacina que hoje controla a doença com muita eficiência.

A gripe suína, causada pelo mesmo sorotipo H1N1 do influenza A, foi a primeira  pandemia do século 21. O vírus surgido em porcos no México, em 2009, se espalhou rapidamente pelo mundo, matando 16 mil pessoas. No Brasil, o primeiro caso foi confirmado em maio daquele ano e, no fim de junho, 627 pessoas estavam infectadas no país, de acordo com o Ministério da Saúde.

A varíola, doença viral caracterizada por febre alta e vesículas na pele, atormentou a humanidade por mais de 3 mil anos. O faraó egípcio Ramsés II, a rainha Maria II da Inglaterra e o rei Luís XV da França tiveram a temida “bixiga louca”. O vírus Orthopoxvírus variolae era transmitido de pessoa para pessoa, por meio das vias respiratórias. Os sintomas eram febre, seguida de erupções na garganta, na boca e no rosto. Felizmente, a varíola foi erradicada do planeta em 1980, após campanha de vacinação em massa, sendo a primeira doença erradicada do mundo por este meio.

Já o cólera, doença bacteriana causada pelo Vibrio cholerae, é caracterizada por diarréia aquosa profusa aguda. Ainda existe em algumas partes do mundo, especialmente na África e no Oriente Médio, e causa surtos e epidemias ao redor do mundo, Aqui no Brasil, a última epidemia ocorreu no início dos anos 1990, entrando no país pela calha do rio Amazonas e depois se disseminando por quase todo o país.

A primeira pandemia registrada foi em 1817, e ainda persistem focos da doença pelo mundo.

Outra pandemia que ainda causa muitas mortes pelo mundo é a de HIV AIDS. Causada pelo HIV, retrovirus de transmissão sexual e parenteral; hoje bem controlada por medicamentos, já causou milhares de mortes. Em alguns países da África, como Serra Leoa, diminuiu a expectativa de vida da população para menos de 50 anos.

Esta doença caracteriza-se por uma imunodepressão celular profunda, associada a um estado inflamatório que causa aterosclerose precoce e severa, levando a adoecimentos e mortes de causa cardiovascular, além das mortes por infecções oportunistas, sendo a mais frequente delas a tuberculose.

Hoje a expectativa de vida de um portador do HIV em uso de medicação de forma correta é igual a de qualquer pessoa, mas ainda não há cura para esta doença.

 

Notícias sobre a pandemia Covid19

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A pandemia de Covid19 ainda está em fase de expansão mundial. Aqui no Brasil, ela tem seu epicentro em São Paulo, mas vem aumentando dia a dia em outras unidades da federação, como Amazonas, Rio de Janeiro e Ceará.

Até o dia de hoje, todos os estados brasileiros registram casos e 25 destes já registraram mortes por esta doença.

O que sabe desta doença, até agora, é que ela se assemelha a uma gripe: febre, tosse seca, dor de garganta e mal estar, que costuma durar 3 ou 4 dias e se resolve espontaneamente, na maioria dos casos. Alguns pacientes podem apresentar diarréia e febre, associados ou não aos sintomas respiratórios. Também há relato de manifestações dermatológicas, tipo exantema, em alguns pacientes.

Cerca de 20% dos pacientes podem evoluir para a forma grave da doença, que geralmente se apresenta como pneumonia intersticial, que leva a insuficiência respiratória aguda, causa comum dos óbitos registrados até agora. Outra causa comum de óbitos pela Covid19 é trombose venosa profunda com embolia pulmonar maciça.

Alguns pacientes apresentam encefalite grave, que leva ao óbito.

Alguns estudos têm mostrado que o novo coronavirus induz o que se chama de tempestade inflamatória, que leva a inflamação pulmonar, com diminuição da complacência, resultando na insuficiência respiratória grave, muitas vezes associada a embolia maciça.

Os pacientes mais frequentemente envolvidos na forma grave são os idosos, principalmente maiores de 80 anos, diabéticos e hipertensos, além de outros doentes crônicos. O tabagismo também foi relacionado com maior frequência de formas graves.

No tratamento, há evidências que uso de algumas substâncias já bastante conhecidas da medicina têm efeito antiviral importante contra o coronavirus, como é o caso da cloroquina e um seu derivado, a hidroxicloroquina, geralmente associadas a azitromicina, antibiótico que tem efeito imunomodulador; esta combinação tem sido usada em vários lugares do mundo, com bons resultados prelimoinares, ainda carecendo de maiores estudos para comprovação.

Também há evidências de bom efeito antiviral do redemsivir, que foi desenvolvido para o tratamento do Ebola; outra combinação promissora é dos antirretrovirais lopinavir e ritonavir.

Há outros estudos que falam da nitazoxanida e da ivermectina, antiparasitários que parecem ter efeito antiviral, mas não há evidências robustas para o uso destas substâncias.

Por enquanto, o mais importante é o isolamento social e a lavagem das mãos, para tentarmos frear a evolução desta pandemia, que já matou mais de 100.000 pessoas em todo o mundo.

Continuemos firmes nas medidas de proteção individual e coletiva para sairmos o mais rápido possível desta pandemia.

 

Dengue em tempos de coronavirus

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Enquanto muitos brasileiros tremem de medo pelo risco de chegada do novo coronavírus, o dengue tem voltado a crescer e já soma 94 mil casos neste ano, de acordo com novos dados do Ministério da Saúde.

O total representa um aumento de 71% em relação ao mesmo período de 2019. O balanço considera os dados informados por secretarias de saúde até a quinta semana do ano.

“Com certeza, este ano será pior do que o ano passado, e os dados já mostram isso”, afirmou à reportagem o secretário de Vigilância em Saúde do ministério, Wanderson Oliveira.

Em encontro com secretários estaduais e municipais de Saúde para discutir medidas de controle do coronavírus, o Ministério da Saúde fez um apelo para que a rede de saúde reforce a vigilância contra o novo vírus, mas não perca a atenção para outras velhas doenças que atingem o país.

Nos últimos dias, o alerta em torno do coronavírus identificado na China e a necessidade de trazer brasileiros em Wuhan fizeram o governo declarar emergência em saúde pública.

O ministério também passou a soltar informes diários de casos de suspeita de infecção pelo vírus.”Ainda não temos casos confirmados de coronavírus no Brasil. Mas temos outros desafios simultâneos que não podemos baixar a guarda”, disse Oliveira no evento, citando em seguida dados de sarampo, febre amarela e dengue.

No momento, não há casos confirmados do novo coronavirus no Brasil.

 

OMS declara Coronavirus emergência global

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Como já se esperava, a OMS declarou ontem, em Genebra, após reunião com técnicos e representantes dos países envolvidos, emergência mundial pelo Coronavirus. Todos os casos devem ser notificados.

Ao que tudo indica, teremos uma grande pandemia, com poucos casos graves, sobretudo em pacientes de alto risco (pneumopatas graves, extremos de idade e imunodeprimidos).

Listo aqui algumas informações importantes sobre este novo virus:

O primeiro caso desta epidemia foi diagnosticado em 29/12/19, e em menos de um mês, a epidemia se espalhou.

A família Coronavirus é composta por várias espécies. Seu reservatório inicial foram os morcegos, deles alguns atingiram mamíferos terrestres, outros aves e mamíferos aquáticos. Acredita-se que tenham chegado a espécie humana há mais de 300 anos.

Podem causar quadros gastrointestinais ou respiratórios; foram responsáveis pela SARS, com algumas milhares de mortes pelo mundo. São altamente mutagênicos e, se 2 virus diferentes parasitarem a mesma célula, podem mesclar seu RNA e produzir uma espécie nova.

Muito mais infectante que a SARS, com uma letalidade menor, cerca de 2%. Tem um período de incubação longo, de até 15 dias, o que facilita sua disseminação. Pode sobreviver no ambiente (é um virus envelopado) até uma semana, a depender das condições.

A melhor medida protetiva é evitar aglomerações e lavagem sistemática das mãos e uso recorrente de álcool gel. Álcool gel glicerinado é mais eficiente porque a glicerina instabiliza o envelope.

Não há antiviral com eficácia comprovada no ser humano.  Alguns antivirais tem eficácia comprovada in vitro. Parece que o mais promissor é a nitazoxanida.

Textos da OMS sobre Coronavirus:

https://www.who.int/emergencies/diseases/novel-coronavirus-2019/technical-guidance

 

Novo coronavirus da China atinge mais 3 países

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Um vírus misterioso já teria infectado um grande número de pessoas na China, um grupo muito maior do que as estatísticas oficiais indicam. As informações são da BBC.

O novo coronavírus, de acordo com as estatísticas oficiais, teria atingido 50 pessoas, mas especialistas britânicos estimas que o número possa chegar a quase 1.700 pessoas. Até o momento, duas pessoas morreram em decorrência da doença respiratória que surgiu em Wuhan, na China, em dezembro.

Os coronavírus são uma ampla família de vírus, mas apenas seis (o novo seria o sétimo) são conhecidos por infectar pessoas.

O Ministério da Saúde do Brasil enviou um comunicado às autoridades da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para que viajantes que passem por portos e aeroportos sejam orientados a tomar medidas de precauções em viagens ao exterior, especialmente às regiões com casos confirmados.

Algumas das medidas seriam ações comuns como lavar as mãos, ficar atento a sintomas como febre, dores no corpo e problemas respiratórios. Além disso, locais com grandes aglomerações devem ser evitados.

“Estou consideravelmente mais preocupado do que estava há uma semana”, diz o cientista Neil Ferguson, especialista em surtos de doenças, em declaração à BBC.

De acordo com o canal inglês, Cingapura e Hong Kong estão examinando passageiros aéreos de Wuhan.

Foi Ferguson que alertou que os números oficiais poderiam estar distantes da realidade. Para entender seu argumento, é necessário dizer que, além dos casos registrados na cidade de Wuhan, houve dois casos na Tailândia e um no Japão. Nesta segunda-feira (20), a Coréia do Sul confirmou seu primeiro caso, totalizando quatro países afetados.