Dia Mundial da AIDS 2023

Olá, meu leitor!

Neste ano 2023, lembramos os 42 anos do isolamento do HIV, após os primeiros relatos de uma nova doença surgirem em 1978, em San Francisco, na California.

Mesmo com mais de 40 anos de história, esta doença ainda é carregada de preconceitos, discriminação e meias verdades, o que só dificulta o seu controle.

Estima-se que hoje existam 39 milhões de pessoas vivendo com HIV no mundo, sendo pouco mais de um milhão aqui no Brasil.

Nestes mais de 40 anos, muita coisa mudou. O que era uma sentença de morte certa e breve passou a ser uma doença crônica, controlável. Os pacientes, no início, tomavam mais de 30 comprimidos ao dia, com muitas dificuldades – um era em jejum, outro com estômago cheio, um não podia ser tomado junto do outro, efeitos adversos importantes e, o mais importante: pouca efetividade.

Hoje os esquemas terapêuticos são muito efetivos e muito mais fáceis de tolerar, muito poucos efeitos adversos e grande efetividade.

Já há casos relatados – poucos, é verdade – de cura, mas que alimentam a nossa esperança de dias melhores para os pacientes e para nós, que trabalhamos diuturnamente neste combate.

Em alguns lugares, houve redução dos casos novos e, em outros, houve aumento. Ainda precisamos muito falar sobre este assunto, dar oportunidade de tratamento aos doentes e implementar políticas públicas de enfrentamento da doença que cheguem, também, aos mais vulneráveis.

Até breve!

Dia mundial de combate à AIDS 2021

Hoje, 1 de dezembro de 2021, lembramos o dia mundial de combate à AIDS e, especificamente, os 40 anos do isolamento do HIV, ocorrido em 1981.

Estima-se que existem no mundo, hoje, cerca de 37,7 milhões de casos de AIDS no mundo, a maioria na África subsaariana. Em 2020, ocorreram 1,5 milhões de casos novos e cerca de 690.000 mortes em todo o mundo.

Até 2020, foram registrados 34,7 milhões de casos no mundo desde o início da epidemia.

Os casos novos de AIDS tem diminuído no mundo, mas ainda representam números impressionantes. Parte considerável desta redução deve-se à instituição do tratamento imediato, seguido por muitos países, inclusive o Brasil.

Ainda precisamos avançar muito aqui no nosso país. Investir em testagem, aumentar os pontos de atendimento, que estão ficando sobrecarregados e, principalmente, em campanhas educativas. Nos últimos anos, especialmente nestes dois anos de pandemia Covid19, a AIDS saiu da mídia, mas os casos novos continuam a acontecer. No Hospital Escola Dr Hélvio Auto, referência estadual de doenças infecciosas, onde trabalho, foram diagnosticados mais de 300 pacientes novos no último ano.

Hoje existe um tratamento altamente eficaz no controle da doença; esta deixou de ser uma sentença de morte, mas é preciso que o diagnóstico seja feito antes do estágio terminal da doença.

Cuide-se, previna-se, faça o teste.

Até a próxima!

Dia mundial de combate a AIDS

e66f2809-5c53-448b-a99e-c004fbfcc371

Estou em João Pessoa, onde participei do VII congresso norte nordeste de infectologia. Atualizei alguns dados preocupantes sobre a situação da AIDS no Brasil e no mundo.

As estimativas são de 36,9 milhões de pessoas infectadas, sendo 3,3 milhões de crianças, e o número de novas infecções em adultos não está caindo. Ocorrem, aproximadamente, 1,5 milhões de novas contaminações em adultos e 180.000 crianças (menores de 15 anos).

Ocorrem ainda cerca de 940.000 óbitos por ano; felizmente, a mortalidade da doença caiu 34% nos últimos anos.

No mundo, cerca de 21,7 milhões de infectados tiveram acesso a TARV.

Nas Américas e na Europa, a doença ainda atinge principalmente os HSH, embora a transmissão heterossexual é que mais cresce. Segundo dados do MS brasileiro, a taxa de infecção pelo HIV entre os homossexuais chega a 18%.

Cerca de 9,4 milhões de pessoas infectadas não sabem de sua condição.

Em 2017, no Brasil, houve 882.810 casos notificados. O predomínio masculino voltou a aumentar: são 28 casos em homens para 10 em mulheres. Em 2005, eram 16 homens para 10 mulheres.

No Brasil, ainda ocorrem cerca de 40.000 casos novos ao ano.

 

 

Dia Mundial de luta contra a AIDS

índice

 

Hoje, primeiro de dezembro, dia mundial de combate contra a AIDS, inicia também o dezembro vermelho, com a mesma temática.

Nunca um dia de luta contra a AIDS foi tão oportuno. Os números de novos casos no Brasil e vários outros países, inclusive na Europa, assustam e mostram o poder deste vírus e a falha dos programas de controle desta doença em vários países. Está ocorrendo aumento do número de novas contaminações em todas as faixas etárias.

Além da AIDS, está havendo também um aumento substancial dos casos novos de sífilis.

Aqui em Maceió, a equipe do SAE HEHA, onde trabalho, fez este laço na fachada do hospital para lembrar este dia, e está fazendo um mutirão de testagem durante todo o dia.

No bairro do Jacintinho, a secretaria municipal de saúde, com o apoio a IFMSA UFAL, também está fazendo um mutirão de testagem por causa do grande número de casos do bairro.

Apesar do sucesso do tratamento, a prevenção ainda é a melhor arma. Previna-se, faça o teste, fique sabendo. Se você teve uma relação sexual sem preservativo com alguém que não sabe se está contaminado ou não, faça o teste.

Previna-se!

 

Dia Mundial de combate à AIDS

e66f2809-5c53-448b-a99e-c004fbfcc371

Primeiro de dezembro, dia mundial de combate à AIDS.

Tivemos alguns avanços importantes recentemente, dos quais destaco:

  • a incorporação do medicamento três em um, que é a associação de tenofovir + lamivudina + efavirenz em um comprimido, permitindo a dose única diária;
  • a incorporação do dolutegravir, novo inibidor da integrase, que ajudará no resgate de pacientes multifalhados;
  • o tratamento precoce de todos os casos, que ajudará na diminuição da transmissão da doença e evitará maiores danos aos pacientes.

Como ponto negativo, destaco o aumento em 11% da incidência da doença entre indivíduos jovens no Brasil, especialmente entre homossexuais.

Ainda temos um longo caminho pela frente, com mais dúvidas e desafios do que certezas, mas não podemos desistir e nem perder a capacidade de indignação.

Hoje cedinho falei no Bom Dia Alagoas sobre estes assuntos, clique no link e veja a entrevista completa.

Até a próxima!