Situação da febre amarela no Brasil em fevereiro de 2017

Aedes-Aegypti

Os casos de febre amarela continuam a crescer assustadoramente no país. Até o presente momento, o Ministério da Saúde continua a considerar este evento como febre amarela silvestre.

Dados oficiais divulgados hoje:

Casos notificados: 921 (161 confirmados / 58 descartados / 702
investigação)
Óbitos: 150 (60 confirmados / 03 descartados / 87 investigação). Letalidade: 37,3%

O Estado mais afetado continua sendo Minas Gerais, com 804 casos notificados, 143 confirmados.

Distribuição geográfica dos casos notificados: 102 municípios/ 05
estados/regiões 03

Casos por estados:
-Tocantins (03 municípios): 04 notificados (0 confirmados/03
descartados/01 investigação)
– Bahia (06 municípios): 11 notificados (0 confirmados/02
descartados/09 investigação)
– Espírito Santo (19 municípios): 76 notificados (14 confirmados/02
descartados/60 investigação)
– Minas Gerais (65 municípios): 804 notificados (143 confirmados/38
descartados/623 investigação)
– São Paulo (9 municípios): 10 notificados (04 confirmados/01
descartados/05 investigação)
– Unidade Federativa do Local Provável de Infecção em
investigação (SC, ES, AL): 04 sob investigação
– Descartados por outras Unidade Federativas (GO, DF, AM, PA): 12
descartados

– Número de epizootias em primatas não-humanos notificadas: 447
(total 1271 animais; 264 animais confirmados)

 

Vacina contra dengue começa a ser aplicada no Brasil

Aedes-Aegypti

 

Finalmente, a primeira vacina contra dengue chegou: a dengvaxia, que protege contra os 4 sorotipos da doença. Por enquanto, só está disponível em clínicas particulares na maioria dos Estados brasileiros.

Esta vacina pode ser aplicada entre 9 e 45 anos de idade. Não pode ser usada em gestantes, lactantes nem pacientes imunossuprimidos, como portadores de HIV e AIDS, pacientes em quimio ou radioterapia etc.

Também é importante lembrar que esta vacina não protege contra picadas de inseto e nem contra outras doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, que são zika e chikungunya.

Espero, sinceramente, que esta vacina seja uma ferramenta eficiente para o controle desta doença tão grave, que pode matar inclusive pacientes jovens e saudáveis.

Veja mais informações nesta reportagem da TV Gazeta de Alagoas.

 

 

Dengue, zika e chikungunya no Brasil até junho 2016

Aedes-Aegypti

 

Brasil já registrou 165.900 infecções por Zika em 2016, segundo
boletim do Ministério da Saúde
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O Brasil já registrou 165.932 casos prováveis de febre pelo vírus
da Zika no Brasil em 2016, até o dia 11 de junho [2016], segundo novo
boletim epidemiológico divulgado pelo Ministério da Saúde. Em 2
semanas, desde a divulgação do último boletim, foram 4.691 novos
casos de Zika registrados no país.

Não houve novas mortes de adultos pelo vírus da Zika desde o último
boletim: há apenas uma morte registrada em 2016 no Rio de Janeiro.
Três outras mortes pelo vírus tinham ocorrido em 2015.

O estado com maior número infecções pelo vírus da Zika até o
momento é a Bahia, com 46.427 casos, seguido pelo Rio de Janeiro, com
46.027 casos.

Já a região com maior taxa de incidência de Zika é o Centro-Oeste,
com 163,5 casos a cada 100.000 habitates. Os estados com maior taxa de
incidência são Mato Grosso, Bahia, Rio de Janeiro e Tocantins.

Desde outubro de 2015, o país já registrou 1.687 casos de
microcefalia provavelmente relacionados ao vírus da Zika.

Dengue

Até 11 de junho [2016], o país tinha registrado 1.345.286 casos
prováveis de dengue. Foram 50.703 novos casos em duas semanas, desde
a divulgação do último boletim. O número é ligeiramente menor do
que o registrado na mesma época no ano passado: 1.379.124.

O ano de 2015 foi recordista de dengue: ao todo, foram 1.649.008
casos, maior número registrado na série histórica, iniciada em
1990.
As regiões Centro-Oeste e Sudeste têm as maiores taxas de
incidência de dengue: 949,9 casos por 100.000 habitantes e 940,6
casos por 100.000 habitantes respectivamente.

Em 2016, foram confirmadas 318 mortes por dengue e 511 casos de dengue
grave. Apesar de o número de casos da doença estar quase tão alto
quanto no ano passado [2015], o número de mortes diminuiu 57,7% em
relação a 2015.

Chikungunya
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Foram 137.808 casos prováveis de chikungunya no país até o dia 11
de junho [2016]. Em duas semanas, desde o último boletim, foram
registrados 15.046 novos casos.

A região com maior taxa de incidência da infecção foi o Nordeste,
com 213,2 casos por 100.000 habitantes. Só este ano [2016], foram
confirmadas 17 mortes por chikungunya, principalmente entre idosos. A
mediana da idade das vítimas foi de 69 anos.

Em 2015, o país tinha registrado 38.332 casos prováveis de febre de
chikungunya.

 

Dengue tipo 2 avança no Brasil

Aedes-Aegypti

 

Embora a maioria dos casos de dengue no Brasil ainda seja causada pelo tipo 1 da doença, cresce em alguns Estados a circulação do sorotipo 2, o mais agressivo dos quatro vírus existentes. Dados do mais recente boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, com estatísticas de 3 de janeiro até 28 de maio, mostram que, de um total de 2,2 mil amostras positivas para dengue analisadas em laboratório neste ano, 6,4% já são do tipo 2, ante 0,7% no ano passado. No Estado de São Paulo, esse tipo de vírus já é responsável por 13,6% dos casos da doença, ante 0,5% em 2015.

Além de ser considerado por especialistas o mais virulento dos quatro sorotipos da dengue, o tipo 2 ainda está relacionado a outro risco no País. Como parte da população brasileira já foi infectada pelo tipo 1, a ocorrência de uma segunda infecção por outro sorotipo aumenta o risco de desenvolvimento de uma das formas graves da doença, que podem levar à morte, como a febre hemorrágica.

Segundo o infectologista Artur Timerman, presidente da Sociedade Brasileira de Dengue e Arboviroses, o risco maior em uma segunda infecção pela doença está relacionado à resposta imunológica do paciente que já contraiu o vírus uma vez. “Como já existem anticorpos contra um tipo de dengue no organismo, há uma reação inflamatória exacerbada, que prejudica o organismo, mas que não consegue neutralizar o novo sorotipo. O risco de desenvolvimento de uma forma grave da dengue é de 15 a 20 vezes maior quando se trata de uma segunda infecção.”

O grande número de brasileiros infectados pelo tipo 1 nas epidemias de dengue dos últimos anos é uma das razões que explicam o crescimento dos casos provocados pelo tipo 2, segundo especialistas. “Como o vírus tipo 1 da dengue está circulando há muito tempo no Brasil, já temos muitas pessoas imunes a ele. Quando há o contato dessa população com outro sorotipo, aumenta mesmo o número desses tipos de casos porque há mais pessoas suscetíveis a ele. E uma segunda infecção por dengue tem tendência a uma gravidade maior”, explica Marcos Boulos, coordenador de Controle de Doenças da Secretaria Estadual da Saúde.

Além de São Paulo, outros Estados registram circulação do tipo 2 da dengue acima da média nacional. No Pará, 33,3% das amostras analisadas correspondem a esse sorotipo. No Distrito Federal, esse índice é de 26,8% e em Rondônia, de 13,1%.

Interior

Segundo Boulos, no Estado de São Paulo, esse sorotipo está presente predominantemente na região de Ribeirão Preto, no interior paulista. Em parceria com a Secretaria Municipal da Saúde do município, pesquisadores da Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto têm feito a vigilância virológica dos casos de dengue na cidade para estabelecer qual é o porcentual de casos de cada sorotipo.

“O que a gente tem visto é que, do fim do último ano para cá, houve mesmo um aumento dos casos de dengue tipo 2. Dependendo do mês, eles já representam cerca de 25% a 30% dos casos na cidade. Mas não acho que isso seja restrito a Ribeirão. Esse aumento deve estar acontecendo em outras áreas do Estado também”, afirma Benedito Antonio Lopes da Fonseca, professor de Infectologia da faculdade e um dos coordenadores do monitoramento virológico no município.

O pesquisador disse ainda que pelo menos uma das sete mortes por dengue registradas neste ano na cidade aconteceu por uma infecção provocada pelo tipo 2 da doença. A paciente apresentava uma doença crônica, condição que aumenta o risco de complicações.

Chikungunya mata mais que dengue no NE em 2016

Aedes-Aegypti

 

O alto número de mortes confirmadas por chikungunya no Nordeste está desafiando médicos e pesquisadores a buscar explicações do porquê de uma doença de taxa de mortalidade baixa apresentar saltos fora do padrão normal. A doença é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti aqui no Brasil.

A chikungunya foi motivo confirmado de 45 mortes no 1° semestre na região, contra 35 mortes por dengue e cinco pelo vírus da zika. O número de mortes ainda deve crescer consideravelmente, já que há outras 400 mortes por arboviroses em investigação nesses Estados, todas sem causa confirmada.

O Nordeste é a região do Brasil que mais sofre com o vírus, segundo o Ministério da Saúde. Até o fim de maio, 107 mil pessoas foram infectadas pela febre chikungunya –a região tem 87% das infecções registradas em todo o país. O número de pessoas infectadas no Brasil em 2016 já é quase nove vezes maior que as registradas em todo o ano passado: 13 mil.

No primeiro semestre de 2016, o número de mortes por arbovirores cresceu 426% no Rio Grande do Norte. O Estado é o que tem maior incidência de chikungunya do país.

Em Pernambuco, Estado líder em mortes pela doença na região, o índice de mortalidade de chikungunya é seis vezes maior que o da dengue. Até junho, foram sete mortes confirmadas de dengue para 19.304 pessoas infectadas (média de 0,4 morte para mil casos). Já no caso da chikungunya, são 11.273 casos confirmados de infecção, com 26 mortes: 2,1 para cada mil casos.

O índice é maior do que o apresentado na literatura médica. A letalidade de dengue nas Américas em 2014 foi de 0,7 óbitos por mil casos, enquanto o de chikungunya era de 0,2 por mil casos.

 

Microcefalia no Nordeste do Brasil pode ser resultado da interação de virus

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O surto de microcefalia no Nordeste brasileiro pode ter outras causas além da contaminação por Zika vírus durante a gestação. Pesquisadores brasileiros encontraram traços do vírus BVDV (vírus da diarreia bovina), um agente que até hoje se imaginava afetar apenas rebanhos animais, como bovinos, em fetos com microcefalia associada ao Zika vírus.

A pesquisa foi feita por integrantes da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e do Instituto de Pesquisa Professor Joaquim Amorim Neto (Ipesq). Os trechos do BVDV foram encontrados em três amostras, um número pequeno para fazer alguma afirmação categórica, mas considerado relevante para os cientistas.

O BVDV é um vírus presente no rebanho de vários países, incluindo o Brasil. Da mesma família do Zika vírus (Flaviviridae), ele causa uma série de doenças no gado, como diarreias e problemas respiratórios. O que chama mais a atenção, no entanto, é a grande quantidade de abortos e más-formações provocadas pelo vírus no rebanho. Entre os problemas encontrados, está a artrogripose, uma síndrome que provoca má-formação em articulações, já identificada em alguns bebês com microcefalia.

Foi justamente essa semelhança na forma do ataque do vírus na formação do feto de gado e dos bebês com microcefalia associada ao zika vírus que despertou o interesse dos pesquisadores. Assim como acontece com bebês, a literatura mostra que o impacto do BVDV na formação do feto bovino muda de acordo com o período de infecção. Assim como de humanos, o período de gestação no gado é de 9 meses.

Embora muito presente no rebanho brasileiro, até hoje não houve relato sobre a transmissão do BVDV para seres humanos. Também não há registros sobre contaminação do vírus no meio ambiente. Uma das hipóteses de pesquisadores é de que o fato de o zika e o BVDV serem da mesma família (Flaviviridae) possa aumentar a possibilidade de interação. Essa interação poderia também ajudar a explicar um fato que intriga autoridades sanitárias e a comunidade científica em geral: por que algumas regiões do Nordeste brasileiro foram muito mais afetadas pela síndrome provocada nos bebês pelo zika vírus do que outros Estados ou países? O último boletim do Ministério da Saúde sobre a microcefalia mostra que há 1.417 casos confirmados no Nordeste e 106 no Sudeste.

A dúvida dos pesquisadores é por que um vírus presente há tanto tempo no país e em outras partes do mundo agora está sendo associado a uma doença tão grave? Há várias hipóteses. Embora até hoje não haja registros de contaminações ambientais, uma das possibilidades avaliadas é de que o vírus entre em contato com humanos por meio da água contaminada pelas fezes do animal. A região afetada sofre com o desabastecimento de água, e poços geralmente estão próximos de locais onde o gado pasta. Há também a possibilidade do consumo de leite cru. Tais fatores de risco, no entanto, sempre existiram.

Por enquanto, esta é apenas uma hipótese plausível. Mais estudos são necessários para esclarecer esta situação.

 

O avanço da febre chikungunya em Alagoas

Aedes-Aegypti

O avanço da febre chikungunya continua. Dados oficiais da secretaria de saúde de Alagoas mostram o aumento da notificação e da confirmação de casos da febre chikungunya, aqui em Alagoas. Além disso, os casos de zika e dengue continuam a acontecer

Como tratam-se de três doenças muito parecidas, duas delas novas no Brasil, ainda existem muitas dúvidas da população a respeito.

Concedi uma entrevista ao Bom Dia Alagoas, da TV Gazeta, explicando um pouco melhor as diferenças entre elas. Eis o link:

http://g1.globo.com/al/alagoas/bom-dia-alagoas/videos/t/edicoes/v/em-maceio-foram-confirmados-237-casos-da-febre-chikungunya/4986935/

Boa semana a todos!

Zika virus veio para ficar

Aedes-Aegypti

Duas notícias divulgadas esta semana parecem mostrar que o Zika virus veio para ficar entre nós.

A primeira é a evidência que o zika virus parece transmitir-se diretamente entre pessoas. Esta notícia foi divulgada em vários países que detectaram a circulação deste virus em seus territórios. Isto talvez explique a tão intensa disseminação do virus em nosso território, percebida claramente por quem trabalha em serviços de urgência e emergência, mas também nos consultórios de infectologia, como o meu.

A segunda é o encontro do mesmo virus em macacos no Ceará. Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) encontraram, pela primeira vez fora do continente africano, macacos infectados pelo vírus zika. A descoberta no Brasil indica que, por ser capaz de contaminar outros hospedeiros além dos humanos, a doença se espalha com mais facilidade e pode ser mais difícil de ser contida do que os especialistas imaginavam.

“Esse é um achado que nos deixou muito preocupados porque mostra que o zika veio para ficar. Assim como no caso da febre amarela, o vírus tem um ciclo não só em humanos, mas também em animais silvestres, que podem tornar-se um reservatório. É por isso que, no caso da febre amarela, mesmo com a vacina, a gente nunca conseguiu erradicar o vírus, porque ele fica circulando entre os primatas. Isso não acontece com a dengue, por exemplo”, explica Edison Luiz Durigon, professor titular do departamento de microbiologia do Instituto de Ciências Biomédicas da USP e um dos coordenadores do estudo, cujos resultados preliminares foram publicados no periódico bioRxiv.

Os macacos infectados pelo zika foram encontrados em diferentes regiões do Ceará entre os meses de julho e novembro do ano passado. Cientistas do ICB-USP e do Instituto Pasteur estavam no local capturando saguis e macacos-prego para um estudo sobre a raiva.

“Resolvemos testá-los também para o zika e, para nossa surpresa, 29% das amostras deram positivas, todas elas de macacos capturados em áreas onde há notificação de zika e ocorrência de microcefalia”, diz o pesquisador, um dos integrantes da Rede Zika, força-tarefa de cientistas paulistas criada no ano passado com auxílio financeiro da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), para estudar o vírus.

 

Microcefalia, zika e vacinas

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E a polêmica continua. Um pesquisador independente, Plínio Santos Filho, doutor em física, com especialização em ressonância magnética, afirma que as vacinas tríplice viral e dTpa seriam as responsáveis pelo surto de microcefalia em Pernambuco, que atualmente se atribui ao zika virus.

Sinceramente, não acredito nessa associação de vacinas e microcefalia. Primeiro, porque essas vacinas são utilizadas mundo afora há décadas – por que só causariam microcefalia agora? Segundo, vacinas em geral tendem a perder potência e tornar-se inócuas quando fora da validade, nunca o contrário. Terceiro, houve vacinação em massa em Pernambuco e no Ceará; como explicar então o aumento de casos de microcefalia em Alagoas, em Sergipe, na Bahia e outros estados? Quarto, a alegação que a microcefalia relacionada ao zika virus só teria ocorrido aqui é falsa; a Polinésia Francesa também notificou casos semelhantes aos do Brasil, depois que o nosso país deu o alerta mundial.

Dei uma entrevista ao Uol sobre este assunto, leia mais aqui:

http://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/redacao/2016/02/04/denuncia-associa-vacinas-a-casos-de-microcefalia-especialistas-rebatem.htm#comentarios

Até a próxima!

 

Pernambuco encontra Zika virus no SNC de bebês com microcefalia

Aedes-Aegypti

O Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães, da Fiocruz, e a Secretaria de
Saúde de Pernambuco conseguiram identificar pela primeira vez a
presença do vírus da zika em bebês com microcefalia no Estado.
Amostras do LCR (líquido cefalorraquidiano) de 12 bebês com a
má-formação revelaram em todos eles a existência de anticorpos
recentes contra o vírus, o que comprova que os fetos foram infectados
no útero da mãe.

Para os especialistas, o resultado reforça as evidências de que o
vírus da zika provoca microcefalia, uma má-formação do cérebro
que compromete o desenvolvimento infantil. Os testes foram feitos com
reagentes cedidos pelo CDC (centros de controle de doenças), dos
Estados Unidos. “No líquido que foi extraído da medula desses bebês
encontramos o IgM, que é um anticorpo incapaz de ultrapassar a
placenta. Isso nos leva a constatar que o próprio bebê produziu o
anticorpo por ter sido infectado pelo zika depois que a mãe foi
picada pelo Aedes aegypti, afirmou Marli Tenório, pesquisadora do
Aggeu Magalhães.

Apesar de serem apenas 12 casos confirmados em um universo de 1.447
notificações de microcefalia no Estado, a secretária-executiva de
Vigilância em Saúde de Pernambuco, Luciana Albuquerque, diz que o
resultado mostra avanços na investigação. “Vamos continuar fazendo
a investigação pela análise do LCR. Não é ainda nada científico
[porque precisaria da confirmação de mais casos], mas nos traz
evidências muito fortes da correlação do zika com a microcefalia.
Temos mais 28 amostras que estão sendo analisadas, e na próxima
semana teremos os resultados”, disse Albuquerque.