Ainda sobre vacinas

Olá, meu leitor!

Já escrevi algumas vezes sobre vacinação aqui neste blog, mas o assunto é tão importante que vou voltar a ele.

As três armas mais importantes que a medicina dispõe, desde sempre, para evitar doenças severas e, muitas vezes, fatais, são água encanada, esgotamento sanitário e vacinação.

As vacinas hoje disponíveis já evitaram milhões de mortes e sequelas graves por doenças que os médicos recém formados sequer viram, como a varíola, única doença humana erradicada por vacinação, e outras tantas que hoje estão controladas, com casos isolados, ou que foram reintroduzidas por falha na cobertura vacinal, como sarampo, rubéola, caxumba, difteria, tétano, coqueluche, febre amarela, doença meningocócica, meningite por Haemophylus B e outras.

Infelizmente, existe um movimento antivacina (antivax) que tem feito um estrago muito grande em todo o mundo, inclusive no Brasil. Esse grupo fica espalhando notícias falsas sobre vacinação, gerando medo na população, que resulta em falta de adesão a vacinação.

Dados da OMS divulgados recentemente mostram que, no ano passado, cerca de 25 milhões de crianças em todo o mundo deixaram de realizar as vacinas de rotina que protegem contra doenças potencialmente fatais, já que os efeitos colaterais da pandemia continuam a atrapalhar os cuidados de saúde em todo o mundo.

São dois milhões de crianças a mais do que em 2020, quando a covid-19 causou bloqueios em todo o mundo, e seis milhões a mais do que no período pré-pandemia, em 2019.

A UNICEF descreveu a queda na cobertura vacinal como o maior retrocesso sustentado na vacinação infantil em uma geração, levando as taxas de cobertura de volta a níveis não vistos desde o início dos anos 2000.

Muitos esperavam que 2021 seria um momento de recuperação após o primeiro ano da pandemia, mas a situação realmente piorou, levantando questionamentos sobre os esforços para retomada.

Não há razão plausível para não se vacinar e, principalmente, não vacinar as nossas crianças. É um enorme retrocesso civilizatório termos o retorno de doenças já controladas, como o sarampo, e a falta de controle de doenças graves, como a covid, por causa de recusa de vacinação.

Até a proxima!

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